quarta-feira, 10 de março de 2010

Mestre de Mim

Faz um tempo tenho percebido a necessidade e a comodidade das pessoas em “querer” ter um mestre vivo para seguir. Uma sacerdotisa disso, o mestre daquilo, o guia espiritual. E, talvez por conviver muito neste meio de buscadores, muitas histórias e fatos chegam aos meus ouvidos, além de ter vivido pessoalmente questões delicadas a este respeito.

Muitos estão delegando sua maestria e divindade interior a outros seres tão humanos quanto eles. Investem quantias consideráveis em workshops e vivências que pregam levá-los ao ser interior, mas que na verdade levam a uma dependência psicológica e espiritual do guru da vez.


Será que não deveríamos investir mais em nós? Será que não podemos chegar lá com nossos pés?


Por que não investir mais no autoconhecimento através de técnicas simples que estão à nossa disposição? Pode ser uma prática freqüente de Yoga, para trabalhar o corpo com o intuito de chegar à união do ser total e abrir o caminho para a meditação. Ou procurar receber energias restaurativas e curadoras em sessões de Reiki, massagens, entoar mantras sagrados, ouvir melodias harmônicas, ver imagens belas da natureza, estando integrado-se a ela, sentir a Terra, a Água, a Lua, o Sol, o cheiro do mato, cuidar de nosso ser interior e não só do exterior.


De nada adianta tentar sair de momentos difíceis e depressão comprando todos os sapatos, lingeries e roupas que houver pela frente, fazendo plásticas desnecessárias e coisas do tipo. Ao investir no “embelezamento” interno, com certeza temos resultados bem melhores e ficamos lindas e curadas da depressão!


Claro que precisamos de alguém para nos dar a mão no começo, assim como fazemos com nossos filhos quando começam a andar, para que tomemos segurança para continuar sozinhos. Há várias pessoas que podem nos ajudar nisso, sem precisarmos nos endividar para tal. Na verdade essa melhor “pessoa” é a nossa divindade interior, nosso EU DIVINO. Basta que o despertemos dentro de nós. Podem ter certeza que todos o temos pronto para ser despertado. Talvez ele esteja num sono mais profundo e demore mais a acordar, ou então já esteja até se espreguiçando e pronto para pular da cama. Cada um está numa fase do sono, mas todos despertarão em algum momento.


Passei por um susto no fim do ano e percebi que a responsabilidade foi toda minha, pois me larguei ao cuidar só dos outros e não de mim. Resgatei-me a tempo e agora retorno com força total: vou sim buscar o Deus que está em mim! Ele é meu mestre, é meu guia. Ouvir o coração com sinceridade sempre será a melhor forma de caminhar pelo caminho de cristais, com pontinhas que pinicam os pés, mas que ao mesmo tempo dão uma energia fabulosa, despertam nosso prana e nos alimentam.


Desde o dia 27 de fevereiro de 2009, só tenho um mestre além do meu Deus interior que me guia, me ensina e me mostra o caminho. Nele invisto a quantia que for. Meu mestre é meu filho Pedro e a sua pureza de ser. Desde o dia em que chegou, à sua maneira diferente e xereta de ser, mostrou-me que nessa história o guia é ele! Assim tem sido e que assim seja! Chegou varrendo de nossas vidas os “mestres” que não nos guiavam até a felicidade, ensinou-me a importância de viver o presente, de me amar para poder amá-lo, de estar segura para dar-lhe segurança, de ter equilíbrio para dar-lhe paz!


Que as mamíferas despertem seus Eu’s Divinos e sejam felizes sempre, mesmo no sofrimento. Paz aos corações.


Escrevi este texto à convite do blog Mamíferas, o mesmo foi publicado em 8 de março de 2010, o link é http://mamiferas.blogspot.com/2010/03/mestre-de-mim.html, Agradeço aqui a Kalu Brum pelo convite e oportunidade.

Um comentário:

Carol Arêas disse...

Lindo texto, Dani!

Que a paz steja em todos nós.