sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Que venha 2012! O ano do AMOR

É o que desejo para todos nós! Coragem, entrega, sinceridade, verdade e confiança! Grande abraço de luz!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

SABEDORIA ANCESTRAL NA ATUALIDADE

I Encontro: A SABEDORIA ANCESTRAL NOS DIAS DE HOJE - 29 e 30 de outubro em Casa Branca-MG

ATRAVÉS DA PALAVRA, O SOPRO DO SABER
A POSSIBILIDADE DE COMPARTILHAR,
VIVENCIAR E APRENDER.
29 e 30 de outubro de 2011
Verde Folhas - Casa Branca-MG
www.verdefolhas.com.br
Programação:
Sábado, 29
Agradecimento à Mãe Terra e Dança Circular
Mesas redondas: “O Sagrado Feminino“
“A Cura como Caminho”
Círculo de Mulheres e Tenda do Suor Feminino
Círculo de Homens no Fogo Sagrado
Domingo, 30
Prática Tolteca e Caminhada
Atendimentos : Massagens, Kambô e Outros
Mesa redonda: “Ecologia e Ancestralidade”
Encerramento: Tenda do Suor Familiar
PARTICIPAÇÃO GRATUITA
Atendimentos e Tendas do Suor: R$50,00 cada
PACOTE (todas cerimônias + 1 atendimento): R$120,00
Informações: (31) 3581-8824 / 8825-3515 / 9422-9331
fogosagradomg@yahoo.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Relato de parto Dani e Artur


Um relato de parto, não se inicia no dia do parto. Mas desde a concepção, até antes (acho que desde a nossa própria concepção), pois tudo, fará parte da hora P. A frase “o parto acontece entre as orelhas” é muito verdadeira, mas acrescento à ela, por experiência própria, que quando corpo, mente e espírito trabalham alinhados, tudo dá certo.

Relato da gestação
Meu querido Artur, foi encomendado nas montanhas de Casa Branca, com muito amor, carinho e foi muito desejado. Seu irmão Pedro, foi o primeiro a perceber sua chegada. Avisando-me aos 34 dias da última menstruação, que tinha “neném” em meu ventre. Confirmei pelo teste de farmácia, no dia seguinte ao aviso. Ficamos muito felizes e já na descoberta, percebi a diferença da primeira gestação. Na primeira vez, vem a alegria, junto com a ansiedade e o “medo” do desconhecido, na segunda veio a alegria com a tranqüilidade de se conhecer melhor o caminho por onde se vai caminhar. Caminhos que levam a um destino comum, mas completamente diferentes.

Foi uma gestação muito tranqüila, sem nenhuma “anormalidade”. Diferente da primeira, onde investimos uma boa grana com acompanhamento de GO “humanizado” particular, fiz meu pré-natal, com a EO Lília (minha anja querida), já no Sofia Feldman, diretamente, tudo pelo SUS, sem gastar um centavo e recebendo um atendimento ímpar, em todos os sentidos. Foi um pré-natal acompanhado por homeopatia, florais, auriculopuntura, escalda-pés na última semana com reflexologia podal... enfim, tudo de bom. Desde a descoberta da gravidez eu já sabia que queria um parto natural novamente, na Casa de Parto, na banheira. E assim visualizei, mentalizei, rezei, meditei...para que fluísse tudo para isso. Meus ultrassons, foram feitos com o amigo querido Dr. Lucas, ao qual quero aqui agradecer pelo carinho e dizer que é o melhor profissional da área com quem me consultei.

Dei aulas de yoga até a 37ª (27 de julho) semana de gravidez. Arrumando as coisas aos poucos, achando que Artur chegaria lá pro dia 12 de agosto. Fazendo as lembrancinhas aos poucos, deixando várias coisas pra última semana (pra nós né rsrs).

Marcamos o chá de bênçãos com as queridas da ONG Bem Nascer (agora Parto Ativo BH), para o dia 6 de agosto de 2011.

Na sexta, anterior, dia 5 de agosto, saí de Casa Branca com Pedro, por volta de meio dia, numa carona com Zé até o Verde Mar, onde encontramos com o Ka, fizemos compras no supermercado, para o chá de bênçãos que aconteceria no dia seguinte. Depois fomos a um bazar de artigos de cozinha, do qual saí correndo pela quantidade de gente (rsrs detesto essa muvuca consumista) e de lá fomos para Ibirité, encomendar um móvel, pegamos a estrada de terra entre Casa Branca e o destino final, a maior balangação, um calor daqueles. Chegamos em casa bem cansados, tomamos um bom banho, relaxamos um pouco. À noite assistimos a um filme bacana, que tinha a música celta como tema, tínhamos comentado à poucos dias, que iríamos separar música celta para o parto do Artur, comentei com Ka que estava sentindo o Artur bem lá embaixo, que havia umas semanas que estava sentindo algumas cólicas, que já estava pra chegar a hora mesmo, que ele não esperaria tanto quanto o Pedro. Fomos dormir, por volta de 11h...

Relato de Parto
Acordo assustada, com um líquido quente escorrendo, pulei da cama com a “água” descendo pelas pernas, acordei o Ka, “Ka a bolsa estourou!!!” levei um susto, não esperava que seria com 38 semanas e 2 dias (meia noite). O Ka pulou da cama sem entender nada, eu dizendo “corre, pega as toalhas e o pano de chão”. Fui ao banheiro, sentei e fiquei pensando, “o que vamos fazer!” Não estava sentindo contrações. Liguei pra Lília e ela disse: “vá pro Sofia, já vou encaminhar tudo pra você”, e eu, “mas não estou sentindo contrações ainda”, ela, “você precisa ir mesmo assim”. Aí levei outro susto, fiquei meio apavorada, pensando “não quero induzir o parto, estou sem contrações, com a bolsa rota...” estava bem nervosa nessa hora, fui arrumando algumas coisas que faltavam, a sorte que as malinhas da família toda já estavam prontas fazia umas 3 semanas. Aí parei pra respirar, parei em frente ao meu altar e rezei, pedi a Mãe Divina e ao Grande Espírito, para me darem calma, confiança em meu corpo e que eles me encaminhassem para o melhor caminho, respirei profundamente e fomos. Pegamos o Pedro, dormindo como um ursinho, colocamos no carro e fomos deixá-lo na casa da Nonna. No caminho entre Casa Branca e a casa da minha mãe, fomos conversando, ouvindo música, falando como a noite estava mágica pela neblina que havia na estrada e comecei a sentir as contrações, já de 4 em 4 minutos. Fiquei pensando como faria pra avisar as meninas que não teria mais o chá de bênçãos, não tinha conseguido achar o telefone de nenhuma delas pra avisar. Chegando na casa da minha mãe, minha irmã e meu cunhado estavam lá nos esperando e iam nos acompanhar. Pedro acordou ao chegar lá e pelo que fiquei sabendo depois ele passou a madrugada acordado em TP junto conosco rsrs, eu lhe dei um beijo e disse que estava indo buscar o Artur para ele.
Entre a casa da minha mãe e o Sofia, as contrações já estavam de 3 em 3. Chegando ao Sofia (3 da manhã), fomos na admissão, preenchemos a ficha, descemos pra Casa de Parto, fui pro quarto ao lado do da banheira, eu queria o Leila Diniz, mas ia descer uma moça pra ter o bebê lá, então teria que ficar no outro quarto, pensei “importante é que estou aqui na Casa de parto”. Enquanto vinham as contrações eu me agarrava ao meu companheiro, segurava em sua blusa de frio que estava perfeita pra essa função, respirava fundo e expirava “uuuuuuuuuuu”, sentia em meu corpo e minha alma, como a respiração, o som, o corpo e o espírito estavam alinhados, nesse momento, não havia mente. Sentia minha bacia abrindo, os ossos da lombar abrindo, o Artur descendo cada vez mais... quando chegou a EO que estava de plantão, Adrinês, a anja da vez. Eu já estava pra lá da partolândia, nem lembro o que ela me dizia ou perguntava muito bem, mas ela perguntou se eu queria saber como estava a dilatação, eu pedi pra ela olhar, pois as contrações já estavam praticamente emendadas uma na outra, qual não foi nossa surpresa quando ela disse, já está de 7 pra 8, aí como ela viu a rapidez que estava o processo, já fez a desinfecção do quarto da banheira, pois a moça que ia para lá quis subir para tomar anestesia e o quarto da banheira era nosso!!!!!!! Trocamos de quarto, pedi o Ka para montar o altarzinho, colocar a música, que devo confessar, não lembro bem qual era, acho que flautas apaches. Havia separado o incenso de copal do México para acender, mas nem deu tempo, colocamos o difusor com olíbano e lavanda, fui para o banheiro fazer xixi e estava me sentindo muito “confortável” durante as contrações naquela posição, então pensei “vou sair daqui, senão nasce”, peguei a bola, sentei nela e fiquei “rebolando” durante as contrações e o mantra que era “uuuuuuuu” já tinha se tornado “aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa”, juro que eu me ouvia e achava que era uma baleia cantando, e foi muito forte, pois eu sentia exatamente tudo que estava acontecendo em meu canal de parto, acontecendo em minha garganta e boca através do som, dos mantras que emitia. Senti o Artur chegando quase a sair na bola, enquanto se enchia a banheira, segurei, pois queria que ele nascesse na banheira, na verdade, não sei se foi viagem minha, mas acho que ele bateu na bola e voltou... a banheira cheia, fui entrando pedindo “Artur, espera sua mãe entrar”, entrei na banheira e aquela água morna estava deliciosa, instantaneamente diminuíram as dores na lombar. Ka estava sentado atrás de mim, pedi pra ele ficar de blusa para que eu pudesse agarrar nela nas contrações para não machucá-lo, veio mais uma contração e “aaaaaaaa” senti a cabeça saindo, olhei pra água e era ela mesmo, aí meu pensamento “é agora, vou dar tudo de mim e trazer o Artur” mais um “aaaaaaaaaaaaaaaaa” e pus os pés na parede da banheira e ele chegou, eu senti cada parte dele saindo e o peguei na hora (4:24 da madrugada do dia 6 de agosto de 2011) abracei e chorei junto com meu amado companheiro e agradeci muito ao Grande Espírito e a Mãe Divina, e só conseguia dizer “meu filhinho, meu filho, você chegou meu amor, que benção” foi tudo perfeito demais, rápido demais, abençoado demais. Ficamos na banheira até o cordão parar de pulsar, quando o Ka, cortou o mesmo. Aí saímos da água abençoada, o pequeno ficou no colo da tia enquanto eu recebia os pontinhos da minha laceraçãozinha de primeiro grau. Acabada essa parte chata, meu pequeno voltou pro meu colo e mamou, mamou, mamou umas 2 horas seguidas. Estávamos no quarto eu, Ka, Artur, tia Valeria e tio Ricardo, namorando e admirando o milagre da vida. O milagre que se inicia no ventre abençoado da mulher que se une com amor ao seu companheiro e recebe de Deus, o presente, a benção, o poder e a responsabilidade de gerar, parir, nutrir e educar as crianças, flores desse mundo.

GRATIDÃO imensa e um carinho enorme, com lugar nos nossos corações para sempre a querida Lília, que mesmo não estando fisicamente presente no momento, esteve lá conosco. E ainda passou na manhã seguinte, cedinho, com sua maletinha de aurículo, para colocar umas agulhinhas em minha orelha para ajudar no TP, qual não foi a sua surpresa ao chegar e ver-nos todos felizes com o pequeno Artur em mãos, e lá se foi minha anja, levar sua missão adiante em outros lugares. Lília, beijos de luz em seu coração!

Gratidão a Adrinês, querida que esteve nos acompanhando no momento do parto. A toda equipe da Casa de Parto e a todos os mantenedores, diretores, funcionários do Sofia Feldman.

Gratidão a minha mãe e minhas ancestrais parideiras e fortes que me ensinaram a força da mulher. Gratidão a Valeria e Ricardo, por nos acompanharem e estarem conosco neste momento único.

Gratidão a você Ka, meu amado, que está comigo nesta caminhada, partilhando, construindo e seguindo ao meu lado. (ahhh fizemos 7 anos de casados, no dia seguinte ao nascimento do Artur)Te amo!

Gratidão a Rebeca, querida doula virtual que me ajudou com tantas dúvidas durante a gestação. Grata as queridas da lista da ONG Bem Nascer, pelas bênçãos virtuais recebidas, foram tão fortes que nem o chá conseguiu acontecer.

Vamos parar nossa produção por aqui, mas se eu tivesse mais 100 filhos seriam todos de parto natural, novamente com certeza.

GRATIDÃO MÃE DIVINA E GRANDE ESPÍRITO!
  
ARTUR - Círculo de Fogo e Água

Verdade seja dita, no segundo filho você fica bem mais relaxado! Relaxado no pré-parto, na hora "H", nos primeiros dias, primeiros meses e... até para escrever o relato de parto!
Por isso escrevo só agora, quase quatro meses após o nascimento de meu filho muito amado, o Artur!
A tranquilidade no nascimento do Artur foi tanta que quando a Dani me acordou na madruga de 06 de agosto dizendo que a bolsa tinha arrebentado, meu sonolento pensamento foi: "ela foi dormir com bolsa de água quente?".
Porém nem tudo foram flores, após tomar consciência de que bolsa ela estava falando, tivemos um pequeno susto pois não havia ainda contração. Ligamos para a Lílian do Sofia (que havia feito o acompanhamento pré-natal da Dani) e ela nos dise para irmos assim mesmo para a Casa de Parto.
Pegamos o Pedro e lá fomos, madrugada adentro, pelos enevoados sendeiros do Parque do Rola Moça rumo a BH, no caminho as contrações se iniciaram e ficamos mais tranquilos.
Após deixarmos o Pedro na casa da avó, com a promessa de que logo ele iria conhecer o irmãozinho, fomos para o Sofia Feldman e quase a chegar lá as contrações já estavam de 3 em 3 minutos!
Assim que chegamos, passamos na recepção do hospital para dar entrada e logo fomos para a Casa de Parto. Dessa vez a Dani estava disposta a parir na banheira, porém a sala Leila Diniz estava ocupada. Mas quis a providência divina que a Mãe que lá estava fosse (não me lembro se por vontade própria ou por característica do parto) para a maternidade. Esperamos em outra sala a higienização do quarto e banheira enquanto as contrações eram mais fortes e próximas, Dani, mais uma vez com muita coragem e força a dizer que sentia que o Artur já estava quase a chegar!
Assim que o anjo da vez, a Adrinês, disse estar pronto o quarto, trocamos e ainda aguardamos um pouco na espera de encher a banheira, nisso a Dani estava sentada na bola de borracha e em uma contração mais forte disse ter sentido a cabeça do Artur (achei muita graça nessa hora pois imaginei ele sindo e batendo a cabacinha na bola de borracha).
Banheira pronta e caímos n'água, contrações muito fortes, o chamado "anel de fogo" na água e já na segunda sequência de contrações vejo uma mancha escura no fundo da banheira da qual emerge o meu menininho, o Artur! Bem vindo meu amado Leão nascido de um Círculo de Fogo na Água! Mais uma vez, ao exemplo do Pedro, cortei o cordão umbilical do meu filho, porém dessa vez sem receios como na primeira. Adrinês dise que praticamente não havia feito nada, que sua contribuição foi mínima, porém sua presença e segurança e apoio foram fundamentais, gratidão a você, anjo da vez e à Lília que sempre esteve presente e no dia seguinte apareceu para conhecer o Artur. A você Dani, que dizer de uma mulher que sempre me surpreende e que se revela a a cada dia uma mãe, esposa e mulher melhor! Te Amo Muito! E a você Artur, meu amado e precioso filho, leonino e leãozinho! Se demorei a escrever o relato de seu parto foi porque o trabalho agora é dobrado, porém o amor por você e seu irmão são infinitos e imensuráveis! Seja muito feliz em nossa família meu filhinho, que Deus e a Grande Mãe me capacitem para assumir a sagrada missão de ajudá-lo em seu caminhar nessa vida, para mim é uma honra imensurável e um presente divino você estar conosco! Te amo muito meu filho, conte sempre comigo!

Papai Papu Ka       

sexta-feira, 15 de julho de 2011

EU AMO o SOFIA!!!

Estou aqui para registrar minha tristeza e indignação em ver como a mídia está se empenhando em fazer tão bem o que ela faz, desinformar, difamar e espalhar notícias que não acrescentam nada a ninguém.


A maternidade Sofia Feldman, vem sendo alvo de inúmeras matérias sensacionalistas e difamadoras nesta semana. É uma instituição reconhecida internacionalmente, pelo seu trabalho e atendimento humanizado e respeitoso à gestante. Mesmo sendo uma instituição pública, que atende pelo SUS, é a única que oferece o tipo de atendimento verdadeiramente respeitoso à mãe e ao bebê em Belo Horizonte. Sendo por isso uma instituição altamente visada por toda a “classe” particular ligada à maternidade nesta cidade, pois cada dia aumenta o número de mulheres, que se informam, que tomam consciência do seu poder de parir e abrem mão de seus planos e médicos “queridos” para poder parir em paz no Sofia. Sabemos, que a classe mais humilde, desinformada dos benefícios da humanização no parto (os quais não entrarei em questão agora) diz que no Sofia se sofre, que não se recebe analgesia porque eles “não querem gastar com elas”, que lá eles “fazem a mulher parir de pé” (incentiva a cada mulher a parir na posição mais confortável à ela) etc... mal sabem essas mulheres, quantas de nós saíram do sistema privado de saúde, para poder parir “de pé”, sem anestesia e sem outras tantas intervenções desnecessárias para um parto que são praxe no sistema privado.

Essa mídia nojenta, não mostra o trabalho da Casa de Sofia, que acolhe mulheres que não têm lugar para se hospedar, as alimenta, lhes oferece tratamentos com terapias alternativas, lhes dá apoio, tudo com uma rede de voluntárias maravilhosas. Eles não mostram os escalda-pés, as sessões de acupuntura, de reflexologia podal oferecidas as gestantes e recém mamães gratuitamente. Alguém de vocês já viu este tipo de atendimento em alguma maternidade da rede privada? Mesmo que fosse um serviço pago?

Eu pari meu primeiro filho na Casa de Parto do Sofia, como podem ler em meu relato de parto, fui maravilhosamente assistida. Na ocasião, conhecia o trabalho desenvolvido lá, mas não tão “profundamente” quanto vim a conhecer depois do meu parto. Estou em minha segunda gestação, exatamente de 35 semanas, fazendo meu pré-natal na Casa de Parto, com Enfermeira Obstetra, sendo atendida de forma delicada e dedicada, desde o princípio. Em minha última consulta, foi necessário o uso de camisola, recebi uma camisola limpíssima, higienizada que só eu usei e que depois do meu uso foi para o cesto de roupas sujas. Talvez alguém leia isso e ache que estou fazendo algum tipo de piada, pois isso é normal. Mas conto aqui, que quando fazia meu pré-natal da primeira gestação, pagando médico “humanizado” bambambam particular, que me fazia esperar por mais de uma hora de seu atraso em cada consulta, ao entrar em seu consultório e ter que vestir aquela camisolinha “reciclada” de não sei quantas pacientes, com perfume de todas elas impregnado no tecido me dava um nojo daqueles. Não passei por isso no Sofia em nenhuma de minhas consultas.

Eu estou aqui para pedir respeito por esse trabalho maravilhoso, dedicado e “milagroso”! Pois sabemos bem os poucos recursos que são disponibilizados pelo governo para a saúde, mas mesmo assim eles conseguem fazer a diferença. Fico muito enojada de ver como esses urubus, se apressam em aparecer para denegrir algo que nem se interessaram em conhecer antes de publicarem o que têm publicado. O que digo aqui, não é suposição é experiência, vivência, gratificante e muito.

Deixo meu protesto e peço para que as pessoas procurem se informar de forma real antes de falarem sem saber o que dizem.

Cada uma tem o direito de escolher como quer parir, não digo que todas devem ir para o Sofia, mas quem quer parir em paz, em BH só tem duas opções em sua casa ou no Sofia.

Eu Amo o Sofia!!!

Eu e Pedro, na Casa de Parto do Sofia, quarto da banheira, no dia do parto. 27 de fevereiro de 2009

quinta-feira, 10 de março de 2011

Parto Natural X Parto Normal Hospitalar

Quanto mais “entro” no mundo do parir, mais me assusto com as intervenções hospitalares de praxe das Maternidades, principalmente particulares, e nas públicas “antiquadas”. Primeiro deviam trocar o nome, não deviam se chamar MATERNIDADE, mater vem de mãe, uma mãe nunca faria o que fazem, lendo um pouco mais sobre as intervenções de rotina vocês entenderão melhor o que estou dizendo.



PARTO NATURAL

Natural é o parto por via vaginal sem qualquer intervenção. Pode acontecer em qualquer local, com qualquer assistência (Enfermeir@ - obstetra ou Ginecologista obstetra, parteira) e até sem assistência. Pode ser na água, ou fora dela, de cócoras ou qualquer outra posição que a mulher sinta vontade de ficar (com certeza não será a de litotomia – deitada em posição de exame ginecológico, a não ser que seja uma mulher que se sinta bem assim???).


Consideram-se INTERVENÇÕES todas ou qualquer uma das que estão na lista que segue.

PARTO NORMAL HOSPITALAR

Normal é o hospitalar (geralmente) que acontece com todas ou quase todas as intervenções listadas abaixo, dependendo do protocolo de cada instituição. Compreendem-se nelas aceleradores e outras drogas (intervenções químicas), além de intervenções mecânicas (manobras, comando de força, camisolão nádegas de fora, posição de litotomia, episiotomia, férceps...)

DURANTE O TRABALHO DE PARTO

1) Lavagem Intestinal (Enema, Fleet-Enema, Enteroclisma)

2) Proibição para caminhar (normalmente após entrar paro o bloco cirúrgico não permitem mais que a mulher caminhe, dependendo do hospital já no quarto não é permitido. Caminhar ajuda a aliviar as contrações e acelerar o trabalho de parto)

3) Proibição para ficar na posição que sentir vontade

4) Uso de água no trabalho de parto (ficar sob a água quente do chuveiro ou imersa na banheira, diminui a necessidade de medicamentos para dor)

5) Proibição de ingerir alimentos

6) Proibição de ingerir água ou bebidas leves

7) Proibição de uso de objetos pessoais (camisola pessoal, música, flores podem ajudar no relaxamento durante o trabalho de parto).

8) Tricotomia (raspagem dos pelos pubianos)

9) Infusão intravenosa de ocitocina (aumenta muito a intensidade das contrações, aumentando a sensação de dor e restringe a mobilidade)

10) Rompimento artificial da bolsa (O líquido amniótico contido na bolsa tem um efeito de proteção, equalizando a pressão sobre o bebê, o que resulta em menos pressão na cabeça. O rompimento artificial das membranas aumenta as chances de infecção e cria um limite de tempo para o parto, além de resultar em contrações geralmente mais dolorosas)

11) Proibição de presença de acompanhante seja seu companheiro, doula ou qualquer outro a sua escolha que não tenha vínculos com o hospital.

12) Aplicação de antibiótico na mulher, mesmo com exame negativo de contaminação por streptococos fecais.. (esta aplicação é super dolorida)


DURANTE O PARTO EM SI

1) Litotomia (A posição de litotomia, na qual você se deita de costas e coloca os pés nos estribos ou perneiras, faz com que o parto seja um esforço contra a gravidade e força você a empurrar o bebê para cima. Estribos abertos, embora dêem ao médico uma excelente visão do campo de trabalho, fazem o períneo esticar demasiadamente, aumentando as chances de laceração)

2) Episiotomia (ao permitir que a cabeça do bebê emerja vagarosamente, apenas sob as forças uterinas, o períneo tem maiores chances de distensão, o que minimiza as chances de lacerações. A recuperação da episiotomia pode ser bastante desconfortável. A cicatriz muscular pode afetar posteriormente o prazer sexual. A episiotomia diminui o período de expulsivo, podendo ser necessária em caso de sofrimento fetal ou se for preciso o uso do fórceps. Muitos profissionais de saúde fazem a episiotomia rotineiramente, independente de ser necessária, o que não tem qualquer justificativa aceitável).

3) Anestesia peridural ou raquidiana (faz com que a mulher perca o “comando” sobre o momento de fazer força para a saída do bebê e pode afetar o bebê).

4) Corte imediato do cordão (quando o corte se dá após o fim da pulsação do cordão se permite que o bebê continue recebendo oxigênio pelo cordão umbilical enquanto o sistema respiratório começa a funcionar. Diminui o risco de anemia em bebês até 6 meses).

5) Proibição do corte do cordão pelo pai ou quem a mulher quiser escolher.

6) Separação imediata do bebê da mãe (sem deixar que aconteça a primeira mamada, que ajuda na eliminação da placenta e dá segurança ao bebê)

7) Antibiótico oftálmico ou nitrato de prata independente da mãe ser portadora de gonorréia.

8) Aplicação de vitamina K injetável no bebê.

9) Aspiração via bucal e anal do bebê.

10) Banho imediato no bebê, retirando o vernix que é uma proteção natural para a pele do mesmo.

11) Separação do bebê da mãe em berçário.

( Fonte de informação: http://www.amigasdoparto.com.br/plano3.html)



Talvez haja várias outras intervenções além destas, algumas delas, em alguns casos podem ser necessárias, o que não justifica se tornarem procedimento de praxe. Talvez nossos médicos estejam sendo formados somente para cirurgias, que é o que vem a ser a cesárea. Talvez eles não tenham tempo, nem vontade de aguardar o tempo que pode durar um trabalho de parto natural, ou até se sintam desnecessários, pois num parto natural eles serão também, quase que expectadores, mas pela banalidade que talvez seja para alguns deles um nascimento, não têm consciência do quão importante é este momento sublime para esta mulher e esta criança.

Talvez haja várias mulheres, que diante desta quantidade de “crueldades” praticadas contra elas durante este momento sublime, prefiram se submeter a uma cesárea, pois é bem mais “prático” e ainda tem hora marcada. Talvez muitas mulheres nem saibam ou se sabem não confiam em seu poder divino de criar, de parir e pensem que essas intervenções são “vitais” para um parto, pensam que parto natural é “coisa de índio”.

Minha intenção aqui é humildemente informar as mulheres que chegarem até esta postagem de que trazer os filhos ao mundo de forma verdadeiramente natural é uma benção.

Como diz Michel Odent “Para mudar o mundo é preciso mudar a forma de nascer”.



Gratidão a querida Rebeca, minha doula virtual que sempre me ajuda com minhas dúvidas! Gratidão à Mãe Divina, por ter sempre me dado desde criança uma “intuição” forte, que sempre disse que parto não precisa ser esse sofrimento hospitalar, parto é luz, é força, é o poder de ser mulher!!!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Começando o ano gregoriano de 2011

Pois é, começou 2011 né!
Eu nem passei por aqui ainda. Tenho andado meio sumida, muitas novidades ao meu redor, dentro de mim... estou grávida de novo!!! Que alegria!!! Quando descobri a segunda gravidez fiquei imensamente feliz e tranquila!!! É tão boa essa paz!!! a primeira quando descobri era alegria, ansiedade, medo do que viria! Agora mesmo sendo outra gestação, sabendo que sempre há coisas diferentes para acontecer, estou muita segura e calma. Comecei o pré-natal no terceiro mês, isso faz uma semana. Decidi fazer meu acompanhamento pelo SUS, mesmo tendo plano de saúde, pois quem está me acompanhando é a anja enferemeira obstetra Lília, que me ajudou no parto do Pedro, na Casa de Parto do Sofia, local onde nascerá mais este outro bebê, de parto natural, AMÉM, AMÉM, AMÉM!!! Os exames estão todos ótimos e só farei ultrassom com 18 semanas, nada daquela loucura de milhares de exames, ultrassons... e neuroses médicas modernas. Não tive sequer um enjôo, não fosse a fome e o sono e a barriga que já aparece, nem lembraria que estou grávida.
Descobri que estou habitada por mais um ser de luz, no dia 14 de dezembro de 2010, foi o Pedro, que no dia anterior, colocou a mão em minha barriga e disse " neném, neném" e perguntei "é mesmo Pedro, tem neném?" e ele reafirmou, liguei pro Ka trazer um exame de farmácia e no dia seguinte a confirmação.
Estamos todos felizes, o Pedro beija e abraça a barriga, passa creme nela, conversa com seu neném.
Tomada por essas novidades e pela preguiça que ando de computador, demorei a aparecer.
Mas que bom que estamos todos aí, muito bem, saudáveis e vivendo essa linda oportunidade de estar neste planeta!
Beijos de luz