Apesar da demora em retornar, pois tempo é uma coisa meio escassa após a chegada do nosso pinguinho de luz, tentarei colocar aqui todas as aventuras vividas desde o dia 27 de Fevereiro de 2009, dia em que nosso lindo Pedro Cuccia Meneses resolveu chegar até a Pachamama fisicamente.
Neste dia as 7 da manhã comecei a sentir dores um pouco fortes no ventre, um pouco de sangue, "Dr. Emerson, Está acontecendo isso, isso e isso...", "Pode se encaminhar pro Sofia"
Saímos de casa as 9 da manhã de sexta e incrivelmente, não tinha trânsito nenhum, por nenhum lugar que passamos, chegamos rapidinho ao Sofia, nem conseguia acreditar, como eu havia combinado com Pedro, ele estava nascendo de sexta, que era o dia de plantão da enfermeira obstetra (Lilia Lopes Coelho - anja na terra, gratidão imensa) que eu queria que fizesse o parto e ainda por cima o Kin no Calendário de 13 luas deste dia era Águia Espectral Azul, e meu kin também é águia, era demais né, ê corujice da mami, aliás, aguice (hehe).
Chegamos ao Sofia e a última vaga da Casa de parto estava me aguardando!! E a Lilia tmb!
As contrações eram fortes, mas eu dei bem conta, na verdade, como disse Sybille (enf. obst.) agente esquece as dores rápido, por isso que temos outros filhos, como já se passaram 26 dias deste dia que narro, eu realmente já esqueci o quão fortes foram as contrações. Urros para juntar forças as contrações, Ka sempre ao meu lado fazendo o que podia para ajudar, massagem, dar a mão, segurar-me, tudo o q ele pôde fazer para ajudar ele fez. Chuveiro com bola, bola sem chuveiro, caminhada dentro do quarto, deitar, não consegue comer nada durante todo o dia, bebi a aguinha da Lilia com as gotinhas homeopaticas e até essa água estava difícil de descer. Bom eram 16h + ou - e apesar da força das contrações ainda não se tinha idéia da hora da chegada do Pedroka, eu já estava exausta pelo meu trabalho de parto e a bolsa ainda não tinha se rompido, Lilia sugeriu q se a bolsa fosse rompida o trabalho de parto seria mais rápido, depois de esperar mais um pouco pedi para que isso fosse feito, pois a exaustão já tomava conta do meu corpo e o Pedro ainda tinha q vir,quase 18h e ainda nada, pedi o soro para acelerar, e então as 18:49, chegou o nosso Pedro, 3,115Kg e 48cm, diante de esforços incomensuráveis da minha parte e da dele com certeza, a dor eu já esqueci, mas tmb é uma dor incomensurável e incomparável, ´pois não quis anestesia, queria sentir tudo da maneira mais natural possível, tem gente que acha q sou louca, por pensar assim....mas eu me realizei, nós conseguimos, eu, Pedro, Ka, Lilia, Rosangela, minha mãe e irmã que ficaram lá do lado de fora esperando o dia inteiro. Pedro estava numa posição complicada com a cabecinha olhando para cima ao invès de estarm com o queixo no peito, por isso tudo estava demorando mais, mas graças a Deus, na hora H ele colocou a cabecinha no peito e veio. Dizer algo do momento que o ví, simplesmente impossível, um misto de sentimentos e emoções, tanta coisa junto, amor, alegria, cansaço, alívio, sensação de sermos vencedores. estar com ele em meus braços pelo tempo que quis, enquanto seu cordão ainda pulsava,beijar sua cabecinha e ele chegou tão limpinho, ouvir o choro compulsivo do meu grande amor e companheiro Ka, que depois me contou quanta vezes durante todo o o trabalho de parto teve vontade de chorar, mas segurou, pois não podia fazê-lo diante de sua companheira que se mostrava tão forte e prescisava de sua força para continuar, são tantos detalhes que aconteceram em tão poucos segundos, Ka cortou o cordão, o que me deixou muito feliz, afinal quem melhor que esse paizão para ajudar nesse momento tão forte, de cortar nossa ligação física, perdi mais sangue que o normal e tive um breve desmaio ao ser transferida para o quarto onde ficaríamos os 3 juntos pela primeira noite de nossas vidas, pobre Ka, mais um susto. Mas eu voltei logo, eu acho. Me alimentei, bebi muito liquido, muito soro também. Tudo terminou bem, o Pedro nsaceu 10 minutos antes do fim do plantão das nossas anjas Lilia e Rosangela, as quais não tenho palavras para agradecer, o carinho, o amor, a dedicação, a força, a coragem, tudo que fizeram por nós. Como poderia eu imaginar que tudo isso me aguardava num serviço do SUS, que é tão criticado e sabotado por médicos e pessoas, que não tem um décimo da humanidade que essas mulheres tem em seu trabalho.
Eu aqui declaro, SOMOS MUITO GRATOS à CASA DE PARTO SOFIA FELDMAN, a todas de sua equipe, Lilia, Rosângela, Rose, Socorro, Najla, Sybille, ao pessoal da cozinha que fizeram refeições vegetarianas para o casal que não come carne (isso mesmo, num serviço pelo SUS tivemos refeições "exclusivas") à todos que tornaram esse sonho realidade, ou melhor que fizeram parte da realização de nosso sonho. Um sonho divino, com personagens divinos.
Uma coisa é muito certa, a consciência do poder da mulher chegou até mim sem avisar, quando um filho chega, da forma que o Pedro chegou, não há como uma mulher não se conscientizar de seu poder, agradeço Deus por ter me dado a oportunidade de encontrar-me com o poder divino que está em mim.
Agradeço muito, todos os dias continuarei agradecendo.....
aguardem as cenas dos próximos capítulos porque por hoje terei que ficar por aqui, dêem uma olhada no depoimento do Ka sobre o parto, simplesmente emocionante.
Depoimento Ka Ribas
PEDRO
Nasceu, nesta sexta feira, 27 de fevereiro de 2009, às 18h49min, nosso muito amado e bem vindo Pedro, um ser humano admirável, frágil, lindo e mágico!
O local de nascimento foi um lugar encantado, onde anjos auxiliam a deusas trazerem para este mundo os seres humanos, assim considero a Casa de Parto do Hospital Sofia Feldman, uma instituição pública que dinheiro nenhum do mundo poderia fazer termos melhor acolhida por tão amáveis, solidários e humanos profissionais.
A mãe de Pedro, o que dizer dessa Mulher admirável, uma grande guerreira, de uma fibra, valentia, coragem, força e entrega que me surpreenderam e me fizeram amá-la ainda mais! Como a Dani se superou nesse dia! Doze horas de um difícil trabalho de parto, a face tranqüila e serena em cada intervalo contrastava com os gritos, gemidos e urros das contrações. Sem anestesia, em nenhum momento escutei ela dizer que não daria conta ou que não agüentaria, mesmo quando a parteira disse que a cabeça do Pedro não estava bem posicionada e o parto seria mais complicado do que o previsto.
Eu, no meu impotente papel de pai, apenas podia massageá-la, dizer palavras reconfortantes e de estímulo, torcer e rezar. Pude participar mais ativamente até o momento em que a bolsa foi rompida pela parteira que disse assim acelerar o nascimento, isso já eram cerca de 16 horas e Dani já estava nessa desde às 7 da manhã! A partir daí, a parteira (Lília é o nome desse anjo), assumiu um papel mais ativo, apesar de que a Mãe, Pedro e a natureza foram os protagonistas principais.
Ser testemunha de um momento tão difícil, mágico, dramático e lindo foi um privilégio, uma iniciação, onde as lágrimas contidas, por medo de desestimulá-la, explodiram em um forte choro compulsivo na hora que vi Pedro ser atirado para fora da Dani.
As palavras também são escassas para descrever o momento em que primeiro vi o Pedro e o escutei, ainda preso ao cordão umbilical, chorar pela primeira vez. Chegou, nasceu, veio a “este” mundo meu filho, fruto de um ato de muito amor no lugar mais energético que conheço, a Ilha do Sol no Lago Titicaca, onde as lendas dizem ser o lugar de origem dos chamados “Filhos do Sol”, que a história conhece como Inkas.
Pedro nasceu sob o signo de Peixes, a data de 27/02/2009 possibilita os arranjos 9:9 (o dia 27, 2+7=9 e o ano 09) e 11:11 (dia, 2+7=9 + 02 do mês=11 e 2+0+0+9=11 do ano), duas referências numéricas muito significativas, dizem até que no dia 09/09/09 será aberto um grande portal dimensional, justamente em Tiawanaku, na Bolívia, próximo às margens do Lago Titicaca.
O 11:11 então é muito especial para mim, desde a infância, o 11 sempre foi meu “número da sorte”, o dia da concepção do Pedro na Ilha do Sol era o Kin nº 111 do Calendário de Treze Luas, Macaco Ressonante Azul da onda encantada da Serpente, e justamente 260 dias depois (um giro galáctico completo, um tzolkin-calendário sagrado dos Maias- completo), portanto novamente se repetindo o Kin 111, Macaco Ressonante Azul, Dani sentiu os primeiros sinais da vinda do Pedro, era a segunda feira de carnaval. Quatro dias depois, no Kin 115, Águia Espectral (o tom Espectral é justamente o nº 11) Azul, que corresponde ao Pulsar do Kin 111 do Macaco Ressonante, nasce nosso Pedro. E a Dani amamentando o Pedro em uma madrugada, se deu conta que o kin de nós 3 juntos é nada mais nada menos que o kin 111, macaco ressonante azul!!!
Estava a pensar em algumas dessas coisas, sincronicidades e sinais, quando saí do quarto em que havíamos sido transferidos após o parto do Pedro, em direção à pequena varanda (todos os quartos da Casa de Parto do Sofia Feldman possuem uma) e levei meu olhar em direção ao Céu que estava esplendoroso e repleto de estrelas. Porém, a primeira constelação que vi, foi a Cruz do Sul, nossa referência no hemisfério austral e muito sagrada para as tradições indígenas. Nesse momento passou ao lado da Cruz uma estrela cadente! Senti uma gratidão tão imensa ao Grande Espírito, ao Infinito, o Criador, a Deus, que palavras não podem expressar!
Isso tudo me faz pensar na responsabilidade de ser pai de um serzinho tão especial como o Pedro, mais uma criança cristal das tantas que estão a nascer e que herdarão o novo mundo que emergirá desse momento de transição em que vivemos, cabe a nós preparar o terreno para que esses seres de luz como o Pedro cumpram com êxito sua nobre missão: criar o Céu aqui na Terra!Quero concluir esse relato agradecendo com profunda reverência, ao Deus Pai que nos criou e à Pachamama, Mãe Cósmica que nos sustenta. Agradeço aos anjos que trabalham na Casa de Parto do Sofia Feldman, em especial à Lília e Rosângela que acompanharam o parto do Pedro. E um agradecimento muito especial você Dani, guerreira, mulher e mãe que já admirava e muito amava e agora admiro e amo ainda mais, sinto muito orgulho de você meu Amor! E a você, Pedro, Pedroka, meu filhinho, te amo incondicionalmente, com tudo que sou e que tenho, muito obrigado por você ter me concedido a honra de ser seu Pai!
5 comentários:
Puxa, Dani! Confesso q não li o depoimento do Ka pq estou tomada pela emoção de ler o seu.
Mal consigo enxergar as teclas do computador de tanta emoção em meus olhos.
O meu parto foi totalmente diferente do seu... e ainda assim foi maravilhoso. Mas a sua força, a sua determinação, a sua vontade de sentir tudo naturalmente me comoveu. Parabéns Mulher Guerreira! O dom da vida é seu. O dom de ser mãe é a coisa mais explêndia desse mundo.E o PedroKa é fruto de uma relação muito bonita e cativante.
Agradeço a Deus por tê-los como amigos e agora q somos mães e pais precisamos estreitar ainda mais os nossos laços e trocar todas as experiências dessa grande viagem que será criá-los.
Um beijo grande no coraçãozinho de cada um de vc´s.
Dos amigos: Carla, Vitor & Ed
meu único comentário... é que nao tenho comentários... rsrs
Inexprimível. Sensações mil.
Amo demais!
Bjinhos e obrigada!
Uma linda declaração de amor, de sensibilidade e de gratidão. Que as bençãos do Grande Espírito estejam sempre sob a casa desta família tão bela. Parabéns pelo nascimento do Pedro e por toda a força que colocaram em suas palavras. Felicidades e um grande beijo!
Que lindo ler seu relato. Passei por esta mesma experiência há 25 dias, cheguei na casa de parto as 04:20 da manhã, fui atendida pela Sybille e as 08:00 Lilia tomou frente do meu parto. Numa terça feira, plantão dela,como ela mesma disse é só mentalizar que aqui estarei. Anjos em nossas vidas!
Ela é tudo de bom né!
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